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Verve abre nova sede no Edifício Louvre com a primeira individual de Marco Paulo Rolla com a galeria

25/06/2021 - Por ArtRio

Abrindo o programa de exposições do novo espaço da galeria – reinaugurada no histórico Edifício Louvre, projeto da década de 50 de Artacho Jurado em plena Avenida São Luís, no centro da cidade de São Paulo -, Verve exibe “Abismo Contínuo”, exposição individual do artista mineiro Marco Paulo Rolla, com texto crítico de Júlia Rebouças. 

O recorte de obras de Abismo Contínuo apresenta a produção de um artista verdadeiramente multidisciplinar – com trabalhos que datam desde os anos 1990 até os dias atuais, todos inéditos em São Paulo, e que tem como eixo
o corpo e suas inúmeras possibilidades. A mostra também conta com obras da série Transmutações, sua série mais recente, em que o artista investiga o limiar entre a abstração e a figuração na pintura. Nas palavras de Júlia Rebouças, que assina o texto crítico da mostra, “o corpo na obra de Marco Paulo Rolla parece atuar como entidade detonadora de processos de transformação ou como meio catalisador de transmutações. Ele é o molde da escultura, além de tema dos trabalhos; o condutor da performance, o motivo da pintura, a razão de desenhos, colagens, estudos. Do ponto de vista conceitual, para o artista o corpo é o agente que media a matéria dos dias e o sopro dos sonhos, que conecta espiritualidade e imanência, que aproxima a subjetividade individual da experiência coletiva”.

No conjunto de obras, é possível apreender ainda o olhar do artista sobre o ser humano: “o grande tema da minha obra”, como afirma Marco Paulo Rolla, “um campo diverso e de inúmeras camadas, que aparecem nas construções pictóricas através de velaturas que sugerem véus, que vão pouco a pouco revelando a complexidade do ser humano”, completa. O movimento é uma constante sensação no trabalho do artista, que contrapõe e aproxima cotidiano e absurdo em situações em que corpos e objetos parecem estar sempre no limite entre o flutuar e o quebrar, assim como na própria vida.

A mostra pretende apresentar ao público toda a complexidade da pesquisa deste multifacetado artista, que atua desde a década de 1980 com uma produção cujo fôlego se renova a cada geração. Fortemente identificado com a prática performática, “o que encontra razão no fato de ser um dos mais talentosos e profícuos artistas brasileiros nesse campo.”, como afirma Júlia Rebouças, Marco Paulo Rolla é um artista que vai muito além ao transitar pelas diferentes linguagens artísticas, uma produção em que “o corpo de pinturas, esculturas, desenhos, vídeos, colagens, gravuras mostra um artista que produz gestos contundentes, não constrange experimentações e se movimenta por temas de grande abrangência – trata de relações humanas e institucionalidade, faz confrontar tanatos e eros, fala de desejo e solidão, de natureza e metafísica, sempre a partir de aspectos agudos, da incerteza ou da especulação”, conclui Júlia.


Marco Paulo Rolla, ‘O-Nascimento do Amor’. Foto Rômulo Fialdini

Abismo Contínuo
29 de junho a 26 de julho de 2021
Verve (nova sede no Edifíco Louvre)
Avenida São Luis, 192, Sobreloja 06, República, São Paulo
Terça a sexta-feira, das 11:00 às 18:00h / Sábado, das 11:00 às 15:00h


Sobre o artista | Marco Paulo Rolla (São Domingos do Prata, MG, 1967) é Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG (2006) e Bacharel em Artes pela mesma instituição (1990). O artista também fez residência na Rijksakademie van Beeldende Kunsten – Amsterdam, Holanda, entre 1998 e 1999. Desde 2001 é criador, coordenador e editor do CEIA – Centro de Experimentação e Informação de Arte em Belo Horizonte. Rolla já realizou exposições individuais no Brasil, Alemanha, Argentina e Holanda. Participou de exposições coletivas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ); Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP); Rohrbach Zement, Dotternhausen, Alemanha; Muu Gallery, Helsinki, Finlândia; e na Fondazione Pistoletto, Italia; Harlem Museum, Sonsbeeck, Holanda em 2016, entre outras. Participou da programação de Performance da 29a Bienal de São Paulo (2010). Foi Ganhador do Prêmio de Aquisição do Salão Nacional da FUNARTE-RJ e do Prêmio Edgard Gunther de Pintura do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC-Usp). Em 2015 integrou o grupo de performers convidados na “Terra Comunal”, de Marina Abramovic, no SESC. Em 2018 realizou duas individuas – no Palácio das Artes, “Ópera”, e no Centro de Arte Popular: “Pela Pele: Reconstruindo o Homem e a Mulher’, ambas em Belo Horizonte. Seus trabalhos integram importantes coleções como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Itaú Cultural de São Paulo, Museu de Arte da Pampulha de Belo Horizonte, Centro Cultural Inhotim, Brumadinho, Museu de Arte Casa das Onze Janelas, Belém, Pará, FUNARTE do Rio de Janeiro e Dragão do Mar, Fortaleza, Ceará. Como performer, vem se destacando e participando de festivais no Brasil e no exterior, e como coordenador do CEIA realizou inúmeros eventos no posto de curador da MIP – Manifestação Internacional de Performance, em 2003, 2009 e 2016. Vive e trabalha em Belo Horizonte.

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