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Sessão MIRA no ArtRio.com termina sua primeira edição

01/06/2020 - Por ArtRio

Após quatro finais de semana de exibição, a Sessão MIRA no ArtRio.com concluiu ontem sua primeira edição. A obra escolhida por Victor Gorgulho, curador do programa MIRA, para encerrar esse ciclo foi “Delírio”, 2017, de Lais Myrrha.

Sessão MIRA no Instagram

Iniciado no final de semana dos dias 18 e 19 de abril com o vídeo Propagação, de Maria Laet, a Sessão curada veio após duas edições bem sucedidas de chamadas abertas na página do Instagram (@artrio_art). A chamada inicial foi feita tanto na rede social quanto no ArtRio.com (aqui) ainda em março, com o objetivo de democratizar o espaço de exibição e estimular uma programação feita e vista em casa. No domingo, após a exibição de mais de 100 vídeos de 60 artistas, foi realizada uma conversa ao vivo (no formato de live do Instagram) entre o curador do programa e Brenda Valansi, presidente e co-fundadora da Feira.

Frente ao sucesso da edição dos dias 28 e 29 de março, uma segunda chamada foi lançada para o final de semana seguinte, 4 e 5 de abril e que contou novamente com grande envolvimento e participação no envio de trabalhos. Hoje eles estão disponíveis em três destaques da página organizados por edição.

Artistas dessa primeira edição

Cada um dos vídeos foi exibido, em finais de semanas intercalados no site, sempre acompanhados de pequenos comentários do curador sobre cada obra.

Nos dias 18 e 19 de abril, a página exibiu o vídeo Propagação, de Maria Laet, representada pela A Gentil Carioca e contou com uma conversa ao vivo no Instagram ao final da Sessão no domingo entre a artista e Gorgulho, que escreveu sobre a obra: “A câmera fixa de Propagação acompanha a movimentação de visitantes dentro da instalação Sem Título (Propagação), realizada pela artista em 2014. Em uma sala escura, o espectador é convidado a caminhar por entre o chão repleto de baoding balls – pequenas bolas de metal chinesas comumente utilizadas para fins terapêuticos. À medida em que os deslocamentos se dão pelo espaço, o conjunto vai assumindo novos arranjos e contornos a partir do contato – contágio, contaminação? – das esferas entre si.”

Nos dias 2 e 3, a obra Casa Pré-fabricada, da vencedora do Prêmio FOCO ArtRio 2017, Iris Helena, representada pela Portas Vilaseca Galeria, inaugurou a programação de maio. Apresentada em 2015 como resultado da residência artística NACO – Núcleo de Arte do Centro-Oeste, na cidade de Olhos D’Água (GO), nela “a câmera delicadamente investiga as ruínas de uma construção, ao passo em que a narração nos apresenta a Dona Genô, uma senhora que em sua juventude migrou do interior da Paraíba para trabalhar na construção de Brasília. As lacônicas lembranças de Genô – colhidas em Olhos D’Água, pequena cidade no estado de Goiás onde escolhe viver sua aposentadoria – são contrapostas à imagens dos escombros de uma outra casa, a nós desconhecida, terreno no qual parecem materializar-se os vestígios da memória da personagem central da narrativa.”

Contrastando com as imagens de escombros de uma casa vazia do interior, a obra Chafarizes, de Cristiano Lenhardt, representado pela Fortes D’Aloia & Gabriel, mostrou no final de semana dos dias 16 e 17, um ido e tumultuado Rio de Janeiro através desses monumentos: “Em Chafarizes, vemos uma sequência de imagens de diferentes fontes públicas espalhadas pelo Rio de Janeiro, seguidas de um banho do artista em uma deles. O vídeo, realizado em 2006, revela-se um melancólico olhar sobre a capital carioca, ao passo em que todos estes monumentos encontram-se hoje desativados.”

Esse sábado e domingo, 30 e 31, encerrando a edição, assistimos à Delírio, de Lais Myrrha, representada pela Galeria Athena, sobre o qual Gorgulho comenta: “Delírio, de Lais Myrrha, perscruta as ruínas de um edifício originalmente destinado a funcionar como anexo do MASP, projeto inconcluso da instituição paulistana. Ao passo em que a câmera percorre os meandros da construção inacabada, a voz em off da artista costura reflexões acerca de diferentes momentos da história brasileira. O ‘delírio’ do título referencia, assim, a costura labiríntica que entrelaça aspirações e fracassos de nossa história social e política, passeando entre passado e presente, construção e ruína.”

Agradecemos aos artistas, às galerias e ao público por participarem e construírem conosco o programa!

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Na imagem: Still do vídeo Delírio, de Lais Myrrha.

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