Luiz Norões foi um dos artistas que participou da chamada Geração 80. No entanto, diferentemente de seus colegas mais (re)conhecidos, seu nome não consta nas reavaliações históricas do período, embora tenha atuado e produzido intensamente no decorrer daquela década. Sua morte precoce não interrompeu apenas um fluxo de criação, impossibilitando que pudéssemos acompanhar quais desdobramentos essa produção teria alcançado, mas também espelha o esquecimento daqueles que não conseguiram ultrapassar a barreira cronológica dos anos 80. Organizar uma mostra retrospectiva de Luiz Norões é revisitar essa produção circunscrita no tempo, torná-la novamente disponível para olhares que a conheceram no passado, mas sobretudo para gerações que não tiveram contato com ela. O risco, como dito, é nos aproximarmos dessas obras entendendo que a ausência do artista possa ser compensada a partir daquilo que ele produziu, como uma espécie de diário inconteste de seus sucessos e fracassos, de suas angústias e infortúnios.

Luiz Norões: Todos os Riscos
De 20 de julho até 23 de outubro
Paço Imperial | Praça XV de Novembro, 48, Centro, Rio de Janeiro
Terça a sábado, das 12h às 17h