Simões de Assis | Gabriel de la Mora: Repetición Diferencia
O trabalho de Gabriel de la Mora é, talvez, um dos maiores exemplos das infinitas possibilidades que um mesmo procedimento artístico pode suscitar. Desde meados dos anos 1990, o artista emprega materiais inusuais, carregados de simbologia, para criar trabalhos que operam visualmente dentro de categorias tradicionais como desenho ou pintura, porém afastando-se totalmente das formas esperadas para esses suportes. De fios de cabelo a penas de pássaro, de reboco de paredes a cédulas de dinheiro, de rabiscos apagados aos fiapos da borracha usada para apagar o desenho no papel, de solas de sapato furadas a caixas de som descartadas, tudo está sujeito ao gesto de apropriação e transformação do artista.
No ateliê, os procedimentos são estabelecidos e repetidos sistematicamente. Cada tipo de material é fragmentado e depois separado por cor, tamanho, qualidade, peso e formato. Esses fragmentos são manipulados de forma a seguir desenhos e esboços que singularizam cada composição. Os assistentes do estúdio fazem uso de contadores manuais na produção das obras, registrando a quantidade de fragmentos de cada peça, geralmente informada no título dos trabalhos.
Gabriel de la Mora: Repetición Diferencia
Simões de Assis | Alameda Lorena, 2050 A Jardins – São Paulo
De 1º de novembro a 20 de dezembro de 2025
Segunda a sexta, 10h às 19h. Sábado, 10h às 15h
Entrada gratuita